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Dom Giovanni Crippa ressalta experiências missionárias da Igreja no Brasil
12/04/2018
Experiências Missionárias da Igreja no Brasil. Esse foi o tema tratado pelo bispo de Estância (SE) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, Dom Giovanni Crippa na manhã desta quinta-feira (12), durante a 56ª Assembleia Geral da CNBB. O encontro do episcopado do Brasil seguirá até o dia 20 de abril com inúmeras discussões e com o tema central: “Diretrizes para formação de presbíteros da Igreja no Brasil”.
Dom Giovanni Crippa ressaltou que essa temática é algo que está mexendo muito com a Igreja, com o Pontificado do Papa Francisco e, sobretudo com o que o Concilio Vaticano II apresentou. “A Igreja é por sua natureza missionária. O Concílio nos lembrou de que a missão tem origem em Deus, que é amor. A Igreja nasceu para ser enviada e não para ficar instalada. A missão é para o mundo inteiro. Por isso que uma Igreja particular, uma Igreja local não pode se encerrar dentro de si, a Igreja tem que ter uma visão universal”

Para o bispo, anunciar o Evangelho não é simplesmente uma atividade entre muitas outras que a Igreja desenvolve, a missão de anunciar o Evangelho é a sua missão de ser. A Igreja existe enquanto é enviada. É a missão que vai constituindo e construindo a Igreja.

O bispo de Estância (SE) advertiu que a Igreja, o povo de Deus, ainda não se tornou um povo missionário. Mas ressaltou que a Igreja da América Latina tem uma caminhada muito bonita a partir do Concílio Vaticano II. Dom Giovanni citou a V Conferência, que aconteceu em Aparecida (SP) em 2007, onde se ressaltou os cristãos como discípulos missionários. “O verdadeiro missionário é aquele que leva a mensagem de Cristo”.

Dom Giovanni citou ainda a Exortação Apostólica sobre a evangelização, chamada: Evangelii gaudium – “A Alegria do Evangelho”. A Exortação Apostólica traz as contribuições e impulsos da assembleia do Sínodo dos Bispos de outubro de 2012, sobre o tema da “nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Mas também representa uma palavra pessoal do Papa Francisco e retrata sua experiência pessoal de ‘nova evangelização’ na América Latina, especialmente, aquela do Documento de Aparecida.

“A Conferência de Aparecida e a exortação apostólica Evangelii Gaudium convocam a Igreja a ser toda missionária e em estado permanente de missão. A Igreja se encontra diante de um desafio, sobretudo porque uma Igreja local não pode pensar somente nos seus desafios, mas ter um olhar amplo. A Igreja é o lugar a partir do qual temos que enxergar o mundo com os olhos do coração”.

Dom Giovanni ainda citou a Encíclica Fidei Donum do Papa Pio XII: sobre a situação das missões católicas particularmente da África (21 de abril de 1957), para ressaltar a importância dos agentes pastorais para levar a ação missionaria da Igreja.

“Temos que tomar consciência sempre mais do que é a nossa vocação. No Brasil, tão grande em extensão territorial, observamos em algumas dioceses a presença marcante da Igreja, rica de agentes pastorais, de leigos comprometidos e observamos também dioceses que não tem recursos econômicos e humanos suficientes para desenvolver sua missão”, ressaltou o bispo ao citar os desafios da Igreja no Brasil.

O bispo citou também uma das maiores forças missionárias da Igreja no Brasil, o Projeto Igrejas-Irmãs, fundado em 1972 e que tem sido desenvolvido ininterruptamente até hoje, identificando ainda assim muitos desafios.

“Essa é uma experiência de enriquecimento, uma experiência que faz com que a Igreja viva sua vocação, a experiência de ser Igreja”, encerrou Dom Giovanni ressaltando a necessidade de sempre ser uma Igreja em missão e que vai ao encontro dos fiéis.

Fonte: A12