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Diácono Eder fala sobre sua Ordenação Presbiteral
10/10/2018
O mês de outubro está chegando e, com ele, a Ordenação Presbiteral do Diácono Eder dos Santos Borges, que está marcada para o dia 13, às 10h, na Igreja Matriz São José, no município de São José do Norte. A Missa Solene - que será presidida pelo Bispo Dom Ricardo Hoepers e concelebrada pelos padres da Diocese - deve receber católicos de diversos municípios. Todos estarão em oração pela vocação de Eder, que respondeu as seguintes perguntas desta reportagem:

REPORTAGEM: Como foi possível identificar sua vocação?
EDER: A vocação é um chamado de Deus, é algo sobrenatural, mas que tem toda uma dimensão da compreensão e do discernimento do vocacionado. Nesse sentido, identificar a minha vocação foi um longo caminho de encontro com Deus, de discipulado e aprofundamento da experiência cristã. Lembro que a primeira vez que senti o chamado foi através de um encontro da Renovação Carismática, no entanto, levei vários anos para entender o que Deus queria de mim. Nesse caminho longo, fui coordenador do Grupo de Oração Chama Viva, em São José do Norte, participando ativamente da paróquia e fiz uma experiência comunitária na Comunidade Obra Missionária Virgem do Carmo Peregrina, até ingressar no seminário em 2009. Foi uma caminhada de 6 anos, que me possibilitou tomar essa decisão em minha vida.  

R: Quais as principais etapas de estudo da Teologia, as que mais te chamaram a atenção?
E: Antes da Teologia, também tem os estudos filosóficos. As duas etapas são fundamentais na formação do futuro sacerdote, a Filosofia possibilita que o seminarista tenha um conhecimento de mundo e do pensar humano bem abrangente, dialogando com os outros saberes acadêmicos. Nesta etapa, me interessei muito pela antropologia, área da filosofia que estuda o ser humano. Na Teologia, muitas são as áreas do meu interesse, entre elas poderia citar a Espiritualidade, a Liturgia e os Sacramentos, a Patrística e a Teologia Sistemática com os seus vários tratados. Escolhi estudar a Teologia do Sacerdócio no meu Trabalho de Conclusão de Curso, pois quis conhecer ainda mais a realidade teológica e espiritual do ministério que irei assumir no dia 13 de outubro.

R: Na vivência como seminarista e diácono, quais as maiores surpresas que surgiram em teu caminho?
E: Acredito que, na vida cristã, precisamos estar sempre abertos à graça e ação do Espírito Santo, nos colocando como instrumentos nas mãos de Deus, pois é Ele que realiza tudo. Assim, muitas são as situações que poderiam ser vistas como surpreendentes na vida de seminarista e diácono. Me sinto realizado quando percebo que algo que eu fiz é capaz de tornar alguém melhor, contribuindo com a evangelização ou experiência cristã das pessoas. Em especial, como diácono, a experiência de batizar crianças e adultos, e também a celebração do matrimônio são muito significativas, pois os sacramentos são formas eficazes da ação e presença de Deus em nosso meio. 

R: O que um jovem de hoje precisa ter em mente para ser sacerdote e enfrentar as dificuldades do cotidiano, vencer as tentações e se manter exemplo de fé e serviço a Jesus Cristo?
E: O jovem precisa em, primeiro lugar, fazer uma experiência com Jesus Cristo vivo e ressuscitado, pois é assim que Ele está em nosso meio, é um Deus conosco, presente em nossas vidas. É necessário ter um encontro íntimo com Jesus, de coração a coração, essa realidade é fundamental para qualquer cristão que tem fé e que precisa dar passos concretos no amadurecimento dessa experiência. Em segundo lugar, é necessário a pertença à comunidade eclesial, a uma paróquia, também é possível fazer parte de algum movimento ou grupo de jovens. A paróquia é o local privilegiado de encontro com Deus na liturgia e nos sacramentos e também, do encontro com as pessoas, com suas necessidades e anseios. A oração pessoal e comunitária sustenta e anima o jovem no discernimento da sua vocação e na superação das suas dificuldades no caminho ao sacerdócio ou a qualquer vocação que ele venha a escolher para a sua vida.

R: Que orientações se pode passar a um jovem que tenha interesse na vida religiosa? Ele deve procurar conhecer como vivem os padres e os religiosos, conversar com a família ou rezar em primeiro lugar?
E: Acredito que a pergunta anterior já esboça algumas orientações para o jovem que tenha interesse na vida religiosa ou sacerdotal. No entanto, acredito que, tanto a oração, quanto o conhecimento de como vivem padres e religiosas e a conversa com a família seja fundamental para que o jovem possa fazer o seu discernimento vocacional. Não existe uma ordem de qual deve vir primeiro, elas devem acontecer conjuntamente e são importantes nesse processo. 

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