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Após um ano sem poder fazer a memória dos nossos mortos, em 2021, serão retomadas as missas no Cemitério Católico, durante todo o dia 02 de novembro. Sob a responsabilidade de algumas paróquias, ocorrerão celebrações em frente à capela do Cemitério, para que haja mais espaço aos participantes, começando às 08h, com a Catedral São Pedro. Após, segue: 09h – Santuário de Fátima, 10h – Rede São Lucas, 11h – Nossa Sra. do Carmo, 14h – N. Sra. Medianeira, 15h – Sagrada Família Cidade, 16h – São Judas e 17h – Bom Fim, além das celebrações eucarísticas próprias agendadas em todas as paróquias. As missas rezadas nos cemitérios fazem parte da tradição desse dia, quando grupos pastorais se fazem presentes para acolher as pessoas mais sensibilizadas.

Embora a Festa dos Mortos seja um dos feriados mais universais do planeta, o chamado Dia de Finados, para a Igreja Católica, não se trata de um feriado qualquer, mas de uma oportunidade de rezar pelos entes queridos. Segundo o padre Péterson de Figueiredo, reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, nas celebrações litúrgicas de Finados há um natural clima de saudade, “principalmente nesse momento em que tantas vidas foram ceifadas por conta da pandemia”.

Contudo, o mais importante, aborda o pároco, é que o Dia de Finados marca principalmente, a esperança cristã na Ressurreição. “Ou seja, não se deve focar apenas em lamentar a ausência ou perda do ente querido, mas, sim, reavivar a esperança no coração dos cristãos, os quais são convidados a enxergarem a morte na perspectiva da ressurreição de Cristo”, explica ele.

E nesse sentido, padre Péterson destaca ainda que deve ser lembrado todo o mistério da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. “Pois é nesse mistério que enxergamos a possibilidade de transcender o fim da vida, que tantos encaram com medo e, muitas vezes, decepção diante de Deus. É preciso pensar dentro da realidade de fé que vislumbra a Vida Eterna”, acrescenta. Para ele, a comemoração dos fiéis defuntos também é uma oportunidade ímpar para agradecer a Deus pela existência daqueles que nos precederam e, de certa forma, participaram da construção de nossa própria história.

Além da participação nas celebrações eucarísticas, é tradicional no Dia de Finados, fazer visitas aos túmulos dos entes queridos nos cemitérios, oferecer flores, enfeitar os túmulos dos falecidos e acender velas. Velas e flores fazem lembrar que os entes amados falecidos continuam iluminando nossos corações e que os mortos florescem ressuscitados no jardim do Senhor. “Os cristãos devem crer que a nossa vida terrestre é uma preparação para a verdadeira e definitiva vida. Assim sendo, diante de uma única oportunidade de viver no mundo, não podemos desperdiçá-la”, frisa padre Péterson, resumindo como deve ser nosso pensamento nesse dia tão especial que se aproxima.

Texto: Lucilene Zafalon / Pastoral da Comunicação Diocesana

Foto: Arquivo da Celebração de Finados em 2019/ Pastoral da Comunicação