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Diocese do Rio Grande irá sediar o 15º Encontro Estadual das CEBs
17/11/2021

Representantes de seis dioceses do Rio Grande do Sul reuniram-se presencialmente, no último final de semana, na Paróquia Sagrada Família (cidade) para a reunião da Ampliada Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Dez dioceses participam da articulação estadual, mas diante das dificuldades atuais, algumas não puderam comparecer. Conforme Diego Noda, coordenador diocesano e representante da CNBB Regional Sul III na Ampliada Nacional das CEBS, como articulador leigo, o objetivo da reunião foi planejar a caminhada das comunidades de base do Regional Sul III e, também, o 15º Encontro Estadual das CEBs, que será realizado de 21 a 24/04/2022 na Diocese do Rio Grande.

 

Uma equipe diocesana, com a missão especial de acolher o 15º Estadual, já está articulando a organização do evento, cujo tema será “Comunidade: lugar de pertença e vivência da fé” e o Lema “Avancem para as águas mais profundas e lancem as redes para a pesca”. A trama mais importante da rede das CEBs é constituída pelos encontros intereclesiais, iniciados em 1975, e realizados a cada três ou quatro anos. A cada encontro é proposta uma temática específica para ser debatida em nível local, diocesano e regional em preparação ao encontro nacional. Para Noda, nesses encontros são definidos aspectos importantes para as comunidades, tais como as ações que devem ser realizadas no âmbito diocesano e regional para dinamizar e fortalecer a vida das comunidades.

 

Dom Ricardo Hoepers, bispo diocesano, também esteve presente na reunião do último final de semana e contribuiu no momento formativo com as reflexões sobre o Sínodo. O encontro começou no sábado, 13/11, pela manhã, com a formação (sínodo); à tarde, a pauta focou na organização do 15º Estadual e o encerramento ocorreu no domingo, 14/11, com a Missa na Comunidade Nossa Sra. das Necessidades, no Povo Novo, espaço escolhido para acolher o encontro estadual no próximo ano.

 

Noda explica que o surgimento das CEBs veio em 1968, na II Conferência dos Bispos da América Latina, reunida em Medellín Colômbia, que propôs a Comunidade Eclesial de Base (CEB) como seu principal instrumento pastoral, ligando a forma comunitária à opção preferencial pelos pobres. São comunidades circunscritas a um espaço territorial, formadas por leigos e leigas, que exercem a coordenação das atividades de forma colegiada e participativa. “Caminhamos à luz do Projeto de Jesus, junto com todos/as que acreditam que outro mundo é possível, fazendo da nossa fé uma razão fundamental para não nos desligarmos da vida, da luta pela justiça, da solidariedade, enfim, da busca por uma terra sem males”, destacou o articulador.

 

A organização das CEBs é muito bem aceita dentro da Igreja Católica. O episcopado brasileiro, em sua assembleia de 2010, afirmou que as CEBs “representam uma maneira de ser Igreja, de ser comunidade, de fraternidade, inspirada na mais legítima e antiga tradição eclesial”. Já o Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, considerou que as CEBs “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja” (EG, 29).

 

Matéria: Lucilene Zafalon / Pastoral da Comunicação Diocesana

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